sábado, 6 de março de 2010

para a mar.

“é como descer ao mar e encontrar só areia”. buscar uma bússola que ponha termo à exaustão de estar perdida, funda, no marasmo dos lírios esquecidos. oh! flores do meu canteiro que dão tanta cor ao erro do meu olhar…
o meu deserto dos sentidos é algo que se esconde entre as pedras da calçada quando os meus pés passam desenfreados à procura d´um norte. de uma outra casa. desse caminho que me levasse à praia, porque queria ir para o mar, perder-me em ondas cristalinas que lavem o meu corpo podre, e só a areia, molda o meu passado desenhado aos pares.
um gesto violento pára o despertador e dá vida ao outro eu!
se o silêncio te falar do meu sonho, responde-lhe com o olhar.

Um comentário:

Simone Cavalcante disse...

Ah, que lindo!Sua sensibilidade é simplesmente notável.