sábado, 2 de janeiro de 2010

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nas ranhuras da imensidão dos pensamentos, soltou-se uma partícula de lucidez, e apesar da escuridão, da força bloqueadora, ergue-se o desejo em mim…

amor… este desejo invade-me o corpo e grita-me o teu nome.

amor… os silêncios fogem-nos com rituais moribundos e a voz estremece dos medos.

oh! lucidez branda que me torturas as horas, e me fazer erguer esse desejo suspeito. trazes malícias escondidas e imagens poderosas para servires o meu jantar…

se a morte passar por aqui, peçam-lhe, implorem-lhe, que não pare e que, se o vento não existir, que siga a desnorteia, a epopeia e a simetria dos defeitos que eles sim – eles não gozam o desejo e por isso não merecem viver. por agora, tragam-me uma mulher afortunada pela natureza e um cálice de bom vinho do porto.

Um comentário:

diva disse...

ser poeta custa caro,custa uma mórbida saudade,um despertar só,um dia cinzento,palavras que se diz para si mesmo,ser poeta é estar sempre inventando um caos...