quinta-feira, 5 de novembro de 2009

amanhece

os meus olhos amanhecem junto as pedras da calçada e a minha boca desespera por uma lágrima de ti. morri já de madrugada porque não resisti aos momentos de solidão. entre a noite e este novo dia, só a morte nos fará ouvir as últimas lamúrias que expeli. este corpo usado, cansado, e inerte espera por alguém que desconhece. ali estanque. amanhece e a morte sorri. todas manhãs, a partir de agora, serão frias. os meus olhos são pedras que calçam o presente e nada mais acontece. nada. apenas amanhece.

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